Total de visualizações de página

Deleite com café

  A janela, onde o sol nasce, sobe as escadas das flores e ali permanece, sentado, até que a porta da poesia, se abra, lá pelas bandas das ...

domingo, 1 de dezembro de 2019

Um leito de renuncias

Sinto o cansaço de saber, o cansaço de ir e vir, sem
sair do mesmo.
Dizem que ninguém sabe de nada. Eu, ao contrario,
sei de tudo, até do que se esconde atrás
dos sonhos!
Subitamente, penso como o Rei salomão que dizia: vaidades!
Somos um determinado tempo, o tempo que se torna vazio
em cada hora que passa, para construir em nós mais
e mais alcance para nada. O eu, desejoso, o eu, termo absoluto para eu mesma,.
sistematicamente me tornando poeira atrás de cada passo,
uma carroça a gritar atrás dos bois.
Incansável prazer de adivinhação, de não aceitação do ciclo, de pensar na eternidade das coisas mortas.
Falamos em Deus, desejosos de estar com Ele, mas sem querer pagar o preço.
Muitas vezes, para reconhecer minha pequenez, costumo olhar para o céu á noite, na noite tudo parece grande. Olho para as estrelas e me vejo como uma delas, tão grande se parece para ela mesma, mas, a distância, semeada entre tantas, na imensidão de tudo que existe, parece apenas uma cabeça de alfinete.
E Deus, o Ser desejado, tão grande, que, muitas vezes, me escapa da imaginação. Quero tocá-lo, experimentando a sua grandeza, e me vejo, outra vez, como nada a sumir dentro de mim...
Então, como uma tentativa de me ver viva e vibrante dentro do espaço, eu encaro a minha vida e entendo, que, por mais que eu tente, ainda vivo dentro da casca, que Se Deus Todo Poderoso quiser, me fará brotar em seu meio, acendendo outra vez o lampião apagado, que insiste em transmitir luz...
Hertinha Fischer

Nenhum comentário:

Postar um comentário