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Som de tristeza

  Som de minha tristeza Ecoa por dentro palavras que nem consigo dizer Não há letras no lamento Se em lágrimas almejasse olhos tristes derra...

domingo, 15 de outubro de 2017

Segundos de intimidade

Estava eu, mais feliz do que de costume.
Mesa farta, frutos doces.
A primavera me enche os olhos de flores, mas é no
verão que me compromete o paladar, nos
frutos que minha alma padece.
Estou a passar como cometa em sua órbita
mais relevante,
embora na solidão viva, a mais perfeita
harmonia são quando olhos me veem.
Enquanto sou nuvem a passar, e se esconder em um futuro qualquer,
apenas quando me transformo em água
é que me enlevo no proceder.
Não quero ser apenas gotículas que nem se apercebem, na torrencia
é que me torno destrutiva ou em benção, quem o sabe?
Sou como grãos de areia na praia a malhar em seus pés desnudos
que em feridas te animo, muito mais que massagear
sou quem em brasas te animo.
Eu quero ser mais, eu preciso ser o que te acorda em todas as manhãs em
mania, que te despende do sono, em trabalho em correria.
Sou a esperança no nada, aquilo que esperas eternamente, que depois de concluido
ainda estou a faltar.
Sou o ar que tu respiras, que de ti sai e volta, nem percebe a minha prece,
nem se da conta do que sou.
Sou uma energia mutante, que faz seu olhar competir, que te mostra onde ir, que
te leva para onde não queres ir.
Sou eu, simplesmente eu, até que o tempo me apague em seu
caminho
mas, não conseguira tirar-me de sua imaginação.
Sou tempo, sou hora e sou a sua folga e tortura.
Herta Fischer.

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