Um dia de cada vez.
Este é meu lema, assim como para
me livrar de um vicio.
Eu nunca fui normal, sabia?
Minha dor não é igual a dor dos outros,
a dor dos outros, parece-me que dói mais.
Não sei, dificilmente choro!
Não sou fria, talvez, um pouco controlada,
Não dou muito ibope a sofrimento, acho-o
desnecessário.
Mesmo porque, o sofrimento não muda
nada, o desespero não muda nada, só faz com que
a dor fique mais intensa, e contamine os outros.
Eu vou na fé, na fé diferente, não aquela que
precisa de resultados, mas aquela que vê com bons
olhos a própria vida seguir seu fluxo.
E a vida se encaixa em mim, e eu me encaixo na vida,
ela me leva, e eu á levo.
Tenho filhos agora, então estou muito mais alerta,
mas ainda não tão ansiosa, pois sei que, de alguma forma
eles crescem, aprendem, e vivem, sem que eu
precise direcioná-los com tanto cuidado.
Pois comigo aconteceu, eu andei, andei e ainda ando,
mas chegar onde? Aos cem anos? E dai?
O que isso pode acrescentar, se até la eu já morri.
Herta Fischer (Hertinha)
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Lá onde aconteceu
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segunda-feira, 1 de agosto de 2016
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