E quando era tarde, lá chovia,
quase que a chamar-me a vida.Silenciosa, quase triste, a se derramar em lágrimas
vindo de não sei onde. A se derramar por mim.
Ludibriando a dor da solidão - sem sombra, nem sol.
Uma pequena orquídea orbitava entre galhos secos, sem
coração que pulsava, apenas sorria com seus olhos
vermelhos e miolos brancos.
Mentes de folhas mortas contavam certas histórias,
Mentes de folhas mortas contavam certas histórias,
no desbotar de suas memórias,
cercados de plantas viçosas, ali mesmo morriam.
Há quem diga que depois da chuva, tudo desperta,
menos a tarde que se perdia no horizonte,
sem nenhuma chance de colorir sua jornada,
haveria, ainda de esperar pelo sol.
Hertinha Fischer.
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