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Eu dando vida as coisas

  E o caminho era suave - sem obstáculos na pronúncia das flores. Um perfumado sonar de cores e risos, que se estendiam na passagem dos ol...

quinta-feira, 15 de junho de 2023

A solidão da tarde

 E quando era tarde, lá chovia,

quase que a chamar-me a vida.
Silenciosa, quase triste, a se derramar em lágrimas
vindo de não sei onde. A se derramar por mim.
Ludibriando a dor da solidão - sem sombra, nem sol.
Uma pequena orquídea orbitava entre galhos secos, sem
coração que pulsava, apenas sorria com seus olhos 
vermelhos e miolos brancos.
Mentes de folhas mortas contavam certas histórias,
 no desbotar de suas memórias, 
cercados de plantas viçosas, ali mesmo morriam.
Há quem diga que depois da chuva, tudo desperta,
 menos a tarde que se perdia no horizonte, 
sem nenhuma chance de colorir sua jornada, 
haveria, ainda de esperar pelo sol.
Hertinha Fischer.

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