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Deleite com café

  A janela, onde o sol nasce, sobe as escadas das flores e ali permanece, sentado, até que a porta da poesia, se abra, lá pelas bandas das ...

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Gélido pensar

 Entreguei-me ao acaso como quem brinca

de se dar.

Num ímpeto, emulsionei sonhos e realidade

que rapidamente se juntaram

como duas cordilheiras imponentes

que se ergueram no tempo.

E lá me ergui entre os nevoeiros

que não me abalam, em pico me desenha nas alturas

como um astro que sobrevive ao vento forte.

Empoleirei entre as pedras afiadas um dedal de esperança,

para que não houvesse abalo que me pusesse deslizando entre

geleiras.

Vinha um frio na barriga e uma fadiga ocultada,

de pedras e ar rarefeito de ilusão,

quase a circuncidar o coração.

Um branco de doer os olhos, essa mania de olhar descalço

Focar em nada, sem nenhum aparato que o protege,

só a imensidão de ladeira a desviar-se de si mesma,

descendo a ribanceira da vida que não dá trégua.

Num caso de acaso sem fim.

Hertinha




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