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Ciranda noturna

  E as formosas tardes, roubando o encanto da manhã, A sorrir sol entre as árvores Meu recanto, colorindo a relva com giz amarelo. E a luz s...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Mente incansavel

Hoje eu acordei meio sem rumo, tentei fazer as coisas que faço diariamente, mas não consegui. Minha mente estava mais ágil que meu corpo.
Pensei em sumir por um momento, para esquecer todos os dias de angustias que vivi.
Não por culpa de ninguém, mas pela briga que travo comigo mesma.
A vida pode ser bonita,,, já o aprender a viver?
Acho graça nas coisas que geralmente ninguém acharia, mas não sinto prazer nenhum em viver como a maioria, que vive se enganando, engajados nas futilidades e nos prazeres momentâneos.
As vezes me pergunto: Se sou real, ou um bocado de fumaça lançada ao sol, que ao soprar do vento acaba ficando invisível a olho nu.
Quando percebo que não sou nada, que meu poder é limitado onde ha fraqueza e dor.
Como um leão faminto, buscando a sua presa eu vivo neste mundo sem razão e sem causa, com fome de tudo, e sem ter o que comer.
Minha mente é andarilha, não consegue sossegar.
Meus sentimentos tão vazios, que por mais que me esforce não consegue se alastrar, de meu próprio entendimento eu me cubro todo dia, até que me sinto sufocar.
O viver só não me basta, o respirar só é fraqueza, de entendimento eu preciso, mas não do entendimento dos homens que só sabem enganar.
Eu preciso de algo muito mais precioso, preciso de consultas, de linguagem mais culta, de aprender sem me cansar.
Do quotidiano estou farta, de pensamentos em vão me lamento, e o que me surge é um quadro surrealista, que não consegue me formar.
Eu existo, ou sou apenas um sonho, sonhado por alguém, espelhado no alpendre da vida, que me formou e não me supriu.
Sou a negritude das trevas que espera pela luz que nela não chega, sou o rio que de tanto esperar pela água, subitamente morreu.
Sou o que chamam de gente, mais gente não nega a si mesma, gente vive meio sem rumo, mais vive. Gente se alegra com coisas bobas, se consomem com coisas inúteis, que para mim não tem valor.
A carne se envenena, os corpos se corrompem na meia duzia de incertezas, mas na correria da vida isso não tem nenhum sentido, até que os olhos se fechem para sempre.
E quando eles se fecharem?
O que verei com outros olhos, ou não terei mais olhos pra ver?
É obscuro esse pensar. É o mesmo que olhar para o horizonte onde só há poeiras e cinzas.


Autora: Herta Fischer...Hertinha                       Direitos reservados


















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