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Deleite com café

  A janela, onde o sol nasce, sobe as escadas das flores e ali permanece, sentado, até que a porta da poesia, se abra, lá pelas bandas das ...

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

O fim do mundo


Não quero perceber, perceber dói.
Quero a frustração do não saber.
Quero sair para o encanto do novo dentro do velho.
Do sangue preto do asfalto reparado, as marcas das velhas trincas da terra.
Mesmo em seca severa, espero o melhor do gotejar.
Imundo seria trocar um mundo já pronto para um desmundo disfuncional.
Quando o que era já não tem lugar e a verdade, tão lucida, está trancafiada em algum manicômio, cuja esperança já não tem, cujo remédio a engana.
Não! não quero perceber!
O violão perdeu as cordas, a musica perdeu a memória , o homem perdeu seu lugar.
As mãos perderam a força, usam-se da artificialidade para esquecer.

E o que será do futuro sem memória?

Hertinha Fischer


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