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Eu dando vida as coisas

  E o caminho era suave - sem obstáculos na pronúncia das flores. Um perfumado sonar de cores e risos, que se estendiam na passagem dos ol...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Total despreparo

Lá se foi mais um ano.. trezentos e sessenta dias..
.E fico me perguntando: - O que eu fiz?
Respondendo eu mesma:- comi, bebi, trabalhei, dormi,
nada que alguém que não seja eu, não faça.
Dai me falam de amor.
E eu me ponho a pensar se algum dia amei de verdade?
Ou ainda: se realmente sei o que é amor, de que ele é feito?
Lembro-me do sino, do cintilar das estrelas. E você ha
de me perguntar: -o que tem a ver com amor?
-Nada! eu respondo:- Tudo, meu coração me diz!

(Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. 1 Corintios 13:1)
E ainda como uma estrela apagada, sem brilho e sem lugar.


( E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Corintios 13:2-7)

Ao rever toda verdade sobre o que é o amor, sobre quem o sente verdadeiramente, e como é completo em si mesmo. creio eu, que ainda não o descobri em mim...
Mas, o reconheço nas obras do Senhor Salvador.
Que de maneira alguma, posso encontrar em mim, de maneira alguma por mais tempo que viva.

Este amor completo, sujeito a reveses, o dar a outra  "face" só pode demostrar o verdadeiro sentido
de sentir amor.
Como simples mortal que sou, esse sentimento não nasceu em mim, e por mais que o procure, não o posso achar no plano terreno.
Porque o amor, o verdadeiro, só conhece o caminho do outro ao encontro do outro.
Nada almeja para si: nem compensações, nem alegrias.
É o que nasceu sem pronome próprio: sem eu, sem nós, só com ele, eles, tu, vós.
Mesmo que eu veja amor em mim, com uma certa frequência, ainda o uso para me sobressair na bondade que não possuo.
Mas, se somos alguma coisa, embora fracos e desanimados, o amor nos salva. O amor de Deus, refletido no Filho, respalda em nós a motivação de querer alcança-lo.
Ainda que leigo, ainda que quase morto: tão desleal e corrompido, temos a leve sensação de conhecê-lo, de alcançá-lo.
Mas na verdade, a paixão momentânea que traz sensações em nós como se fosse o amor verdadeiro se apaga diante de nossa próprio desvario, e morre ao romper falso de sentimento nutrido por nós mesmos.
Quando fatalmente sonhamos com o perfeito, sem nem ao menos constatar o imperfeito de nossa face.
Não busca os seus interesses - Como me satisfazer com outros sem sentir em mim algo
que venha ao meu próprio encontro?
Depois de concluir tão longe do amor, eu passo a crer, e crendo já não sou dona de mim, como quero.
Meu caminho, antes tão certo, se torna algo sem crédito.
Minha vida, antes tão segura, se torna frágil.
E meu amor, antes tão dominador, se torna descomedido.
A partir dai vem a entrega ao verdadeiro amor, Aquele que me faz pensar que não amo como deveria,
E passo a sentir como quem precisa de salvação. para que a salvação me entregue nas mãos o amor que desconheço. Passando a ver o amor de outra forma: O amor é para o outro, eu tenho que esvaziar de mim mesma, entregando-me de corpo e alma a fazer para os outros, aquilo que almejo para mim, mas, ao almejar algo para mim, para depois entregar ao outro, também não pratico amor..
Difícil isso?
Herta Fischer







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