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Puro e inocente

  Era uma casinha pobre, cheia de cristais por dentro, nada feito com as mãos Riqueza de sentimento. Ouro estava na água Diamante no chiquei...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Desaguar

Não fico bem nestes dias, nostalgia, talvez!
saudade dos que viajaram para nunca mais voltar. Saudade dos que passaram e vivem em outro lugar.
Ou saudade de mim, daquela que fui, quando ainda estava
em mim, sem que precisasse me desfigurar para agradar.
Dizem que precisamos nos desprender, mas, como? diante da cobrança de todas as horas, sempre nos lembrando algum compromisso, alguma coisa para colocar no lugar.
Este é o nosso castigo: - sobrevivência!
Herta Fischer
Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme
de medo. Olha para trás, para toda a jornada,os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados,
e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele
nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira.
O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.
Voltar é impossível na existência.
Você pode apenas ir em frente.
Osho

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Dormitando

Eu prefiro ficar de fora.
fora deste imenso comercio que se tornou a alegria do povo.
Amo experimentar a vida, assim como também um bom vinho... O sabor é o mesmo.
Até quando fazemos o mesmo trajeto, beijamos a mesma boca..amamos o mesmo amor. Tudo se torna mágico na magia
de sonhar...
Dinheiro compra coisas, O amor, o lugar!
Herta Fischer

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Total despreparo

Lá se foi mais um ano.. trezentos e sessenta dias..
.E fico me perguntando: - O que eu fiz?
Respondendo eu mesma:- comi, bebi, trabalhei, dormi,
nada que alguém que não seja eu, não faça.
Dai me falam de amor.
E eu me ponho a pensar se algum dia amei de verdade?
Ou ainda: se realmente sei o que é amor, de que ele é feito?
Lembro-me do sino, do cintilar das estrelas. E você ha
de me perguntar: -o que tem a ver com amor?
-Nada! eu respondo:- Tudo, meu coração me diz!

(Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. 1 Corintios 13:1)
E ainda como uma estrela apagada, sem brilho e sem lugar.


( E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Corintios 13:2-7)

Ao rever toda verdade sobre o que é o amor, sobre quem o sente verdadeiramente, e como é completo em si mesmo. creio eu, que ainda não o descobri em mim...
Mas, o reconheço nas obras do Senhor Salvador.
Que de maneira alguma, posso encontrar em mim, de maneira alguma por mais tempo que viva.

Este amor completo, sujeito a reveses, o dar a outra  "face" só pode demostrar o verdadeiro sentido
de sentir amor.
Como simples mortal que sou, esse sentimento não nasceu em mim, e por mais que o procure, não o posso achar no plano terreno.
Porque o amor, o verdadeiro, só conhece o caminho do outro ao encontro do outro.
Nada almeja para si: nem compensações, nem alegrias.
É o que nasceu sem pronome próprio: sem eu, sem nós, só com ele, eles, tu, vós.
Mesmo que eu veja amor em mim, com uma certa frequência, ainda o uso para me sobressair na bondade que não possuo.
Mas, se somos alguma coisa, embora fracos e desanimados, o amor nos salva. O amor de Deus, refletido no Filho, respalda em nós a motivação de querer alcança-lo.
Ainda que leigo, ainda que quase morto: tão desleal e corrompido, temos a leve sensação de conhecê-lo, de alcançá-lo.
Mas na verdade, a paixão momentânea que traz sensações em nós como se fosse o amor verdadeiro se apaga diante de nossa próprio desvario, e morre ao romper falso de sentimento nutrido por nós mesmos.
Quando fatalmente sonhamos com o perfeito, sem nem ao menos constatar o imperfeito de nossa face.
Não busca os seus interesses - Como me satisfazer com outros sem sentir em mim algo
que venha ao meu próprio encontro?
Depois de concluir tão longe do amor, eu passo a crer, e crendo já não sou dona de mim, como quero.
Meu caminho, antes tão certo, se torna algo sem crédito.
Minha vida, antes tão segura, se torna frágil.
E meu amor, antes tão dominador, se torna descomedido.
A partir dai vem a entrega ao verdadeiro amor, Aquele que me faz pensar que não amo como deveria,
E passo a sentir como quem precisa de salvação. para que a salvação me entregue nas mãos o amor que desconheço. Passando a ver o amor de outra forma: O amor é para o outro, eu tenho que esvaziar de mim mesma, entregando-me de corpo e alma a fazer para os outros, aquilo que almejo para mim, mas, ao almejar algo para mim, para depois entregar ao outro, também não pratico amor..
Difícil isso?
Herta Fischer