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Ciranda noturna

  E as formosas tardes, roubando o encanto da manhã, A sorrir sol entre as árvores Meu recanto, colorindo a relva com giz amarelo. E a luz s...

terça-feira, 4 de abril de 2017

Nada novo

E o que vale nesta vida, senão,
o nascer, o viver e o morrer?
Minha historia não foi diferente das demais.
tinha mãe, pai, amor, talvez?
Como saber em que momento e circunstância nos fizeram?
 De dia ou á noite, só sei que se não fomos
desejados, pelo menos, nascemos do desejo!
Depois, já na luz dos dias, o objetivo
nem era nosso, precisávamos, ou melhor, nem
precisávamos, mas crescíamos.
Não era porque queríamos, nem porque escolhíamos,
já fazíamos parte sem querer.
Numa gloria aparente, quando ao nascer do sol,
saímos a procura da energia, substancia necessária
para a virtude do corpo.
E todo dia se repetia, assim como a nossa necessidade,
que não cansava de aparecer.
Dentro de um mundo pequenino, que só
havia espaço para aquilo que descobríamos,
meio lento ou apressado, na correria do corpo,
na necessidade do mesmo, que de dia em dia
mudava sua direção.
Não se falava em sonhos, só da habilidade
e vontade, fazendo e acontecendo.
Corpos se corrompendo no desejo doutro
corpo, mente cada vez mais aparelhada com
a vaidade.
E assim caminhava meus momentos, sem direção,
sem guia, no colo duma necessidade desconhecida,
á fazer  o que todo mundo faz
Aprendendo com os mais velhos e não podendo
fazer o que eles faziam.
Muitas respostas vinham com lágrimas e recusas, muitas
coisas se aprendiam na força.
Vivia num vale sombrio sem luz e sem memoria, onde
me esgueirava entre um suspiro e outro para alcançar
algum prazer.
E tudo para quê?
Continuar a fazer o que todo mundo faz.
Herta Fischer (Hertinha)



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