Estamos ainda a plantar. E, plantar
não é tão prazeroso quanto parece.
O plantador prepara a terra,
e sobre um sol forte arranca as mudas.
Abre o sulco e coloca o renovo, confiante
que vai haver chuva, e as vezes, ela não vem.
Algumas brotam, outras não, algumas resistem apenas por
algumas horas, outras nem se levantam, murcham
sem haver quem as despertem.
A terra recebe a vida, a vida depende da terra, mas, o despertar
está nas mãos de Deus.
E o plantador resiste ao temor, resiste até mesmo a falta,
muitas vezes, da esperança, quando parece-lhe tudo
em vão.
Ele não descansa, semeia mais um pouco, sobre um olhar
vigilante ao que se perde,
E o que se perde recebe mais uma vez outra muda, desta
vez escolhe as mais fortes, as mais viçosas, mas, mesmo assim, é
só esperança.
Depois da semeadura, ele ainda trabalha, delicadamente, coloca
terra em torno delas, as acaricia com seus olhos, demonstrando
seu amor.
Coloca sobre ela a vitamina que precisa, adubando-á com
toda destreza, nem demais, nem de menos.
E espera pela condescendência do tempo, sobre a passagem das horas
e seu milagre.
As vezes o milagre acontece, noutras não, mas o bom plantador não se desespera,
Se não for desta vez, ele se prepara para outro tempo.
Até que num belo dia acerte, e acertando, chegue o tempo
de colher.
Herta Fischer.
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Ciranda noturna
E as formosas tardes, roubando o encanto da manhã, A sorrir sol entre as árvores Meu recanto, colorindo a relva com giz amarelo. E a luz s...
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
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