Mesmo que, muitas vezes, eu tivesse uma faca a roçar em meu pescoço,
eu procurei me superar.
Nunca olhei para os lados, segui meu rumo
como aquele que tem fé.
Até mesmo naquele momento em que alguém
subornou minha inocência, ainda assim, não frutificou.
Estive nas mãos de um sequestrador, que me levou
para onde quis, pensou fazer comigo algo repugnante,
e voltou de mãos vazias.
O medo nunca me fez ficar inerte. Muito pelo contrario,
eu é que o deixei caído ao chão.
Isto é poder.
Passar pela porta, enfrentar o frio, ou o calor intenso,
e ter certeza de sair ileso.
Não sei o que é que me sustenta, além da energia do alimento.
É
algo inexplicável, algo além da compreensão. talvez,
ligado ao que acredito. Sou fraca e pobre, mas tenho um
Deus grandioso que faz a tempestade se retrair.
E me leva nos braços como uma mãe amorosa, me protegendo
de qualquer mal...
Herta Fischer.
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Luz azul
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sábado, 12 de novembro de 2016
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