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Luz azul

  Quando olhava o que ele fazia, ficava extasiada. Era capaz de fazer qualquer coisa andar, especialmente, quando manejava seu tempo. Era me...

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Alquimia Divina

O Senhor está perto
dos que têm o coração quebrantado
e salva os de espírito abatido.
Salmos 34:18
São tantas as chances de dias cinzentos, de doença
no corpo, de solidão e descaso, de fome, de tristeza e desalento,,Por
isto é que os "templos" vivem cheios!
Eu aprendi desde muito cedo a confiar, mesmo porque, os acasos sempre
estarão a espreita, e o acaso não escolhe.
E ademais, confio que o corpo para nada se aproveita, assim como qualquer casca, a novidade, o especial, o imortal está de alguma forma ligado a vida, não a morte.
O escultor tira da terra a porção de barro que vai precisar, usa o tanto necessário e descarta as sobras, mas, as sobras não se perdem, volta para seu estado de origem, a terra!
Assim também em relação a esta vida limitada que conhecemos: Não só os pobres conhecem a desolação, não só os pobres sofrem aflições, independente da classe social, as condições são as mesmas em relação ao corpo carnal. Mas em relação ao espiritual, embora todos tenhamos o próprio parecer, por ainda estarmos tão ligados ao que os olhos veem e também, ligados emocionalmente a vaidade. vaidade quer dizer; ligação extrema ao que sabemos ser passageiro!
A morte do corpo é eminente, no entanto, quando a conhecemos, ficamos sobremodo afligidos, como se ao nos afligirmos, pudéssemos combatê-la.

Assim, as nossas frustrações só tendem a aumentar, pela não compreensão do óbvio, pela luta interna contra aquilo, que, de antemão, já se faz conhecido.
Sofremos pelas desigualdades, sofremos pelas condições de nascimento, sofremos pela desorganizações sistemáticas do próprio ser em si, quando desvaloriza a vida em sua totalidade, e se aproveita daquilo que é frágil.
Enfim, a humanidade suspira e sofre desde que nasce até que morra, pois de uma forma, ou de outra, estamos sujeitos ao acaso, mas não queremos que o acaso nos encontre distraídos.
Não aceitamos a morte, não suportamos a sua visita, embora, tenhamos plena confiança que esta é a única certeza de qualquer ser vivente.
Nos apegamos ao transitório, tanto, que deixamos para trás a possibilidade de crer na vida eterna. e muitos acreditam que através de alquimia se pode chegar a isso, sonhando que um dia, o homem ainda possa inventar o elixir da vida.
Se esta possibilidade já foi-lhe prometida. então porque acreditar que se possa alcançá-la sem provar a morte?
Mais uma vez, se revela a desconfiança em Deus, e a confiança no homem, que ha tantos seculos não consegue fazer algo simples como a água. Que dirá falar de algo tão complexo feito a vida, que ninguém sabe ao certo, explicar tantas diversidades de seres, e a tão perfeita organização dos átomos?
Como não incluir Deus em tudo, embora, seja Deus tão grande, que mal cabe em nossa consciência.
Mas, que, efetivamente, leva quase que toda a criatura a esperar por Ele,
seja em qualquer momento em que nos encontremos em apuros, seja no ultimo suspiro, quando sentimos a vida esvaindo-se, seja na obscuridade da compreensão do próprio existir de todas as coisas.
Herta Fischer

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