Eu já não tenho tempo
para crendices;
para colocar
a vassoura atrás da porta
para espantar visitas chatas.
Colocar folhas trás da orelha para
espantar mau-olhado, nem usar
a cor rosa para dizer que vou
controlar o câncer.
Não tenho mais tempo para firulas, nem
para falacias.
Nem tão pouco pra ver madame dando festa de aniversário
pra cachorro, chamando-os de filho, enquanto
torce o nariz para eu semelhante.
Como se a flor dissesse a terra, quero nascer
lá ou acolá.
Resta-me tão pouco tempo, quase nada, para perder meu tempo
com
futilidades, conversas sem conteúdo, visita comilona, que
só aparece quando tem festa.
Já me afastei de muitas coisas, e me sinto tão em paz.
Amigo, agora, só se for para acrescentar, pois, de nome, já tem muito.
Não paro mais nas esquinas nem sento mais nas calçadas,
para evitar conversas vãs, quero viver meus últimos anos
como jardim em flor, que ali, fica tranquila, a esperar nova estação,
não se incomoda com o frio nem com o vento,
só quer dar o seu melhor.
Fazer o meu trabalho como quem não precisa de nada,
e depois então, folgar no silencio, cantando por dentro,
a musica do esquecimento.
do mundo cão que conheço.
Herta Fischer
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Lá onde aconteceu
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sábado, 8 de outubro de 2016
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