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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

terça-feira, 23 de agosto de 2016

É preciso se convencer

Hoje eu queria estar ao pé de uma cachoeira, ouvindo no silêncio
o cantar das águas. Cansei do barulho de pensamentos, de fazer
sem vontade, de querer o impossível.
A vida, que nos cobra tanto, e poucas oportunidades dá de sermos
felizes.
Nos mostra caminhos, e logo vem a curva, onde perdemos a capacidade
de enxergar.
Vivemos o sentimento, mas o sentimento se corrói com o tempo, pois
sentimentos não subsiste quando o caminho se torna tão cansativo e
fadigante é descobri-lo e percebê-lo deficiente.
Na juventude tudo nos parece perfeito, o amor, a comunicação, os desejos
insanos de escrever nossa história sobre a areia.
Rimos das tempestades, sentamos no mais alto só para sentir
a brisa passar, mas, com o tempo, a nossa capacidade seca, e o amor
 passa a ser um peso.
E o que fazer se já não resta mais caminho, só a velha estrada
a nos transportar na escassez, na insegurança, nas dores e nas poucas certezas de lucidez.
Como um velho jardim a esperar pelos renovos, e já está tão adormecido que sonhar com mais uma flor  é coisa de caducamento.
Ainda conserva em si alguns resquícios de ilusões, mas, na curva
seguinte se vê murchando como abelha sem ferrões.
Quisera eu ainda poder sonhar, quisera eu poder ter poder de mudar o sentido das coisas,
e fazer diferente, mas, se antes não fiz, agora carrego as consequências de não ter
mais tempo, nem coragem.
É como colocar sal demais na comida, e depois não ter como tirar, e ver
o prato em sua frente: ou come ou joga fora, mas como jogar fora se é seu único
meio de sobreviver?
Então, vai aos goles, sem sentir o sabor, apenas engolindo, tentando não encostar na
língua. porque cuspir já não pode.
Haverás de dizer: - È triste! E é mesmo, É como estar num leito de morte em tenra idade, querendo viver e não tendo poder de decisão.

Herta Fischer.







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