O que nos falta, quem somos?
Somos a multiplicação dos pães.
um cesto, milhões de pedacinhos,
um pouco aqui, outro pouco ali, mas
somos os mesmos.
Uma porção que não se acaba, desce um, sobe dois,
assim se permanece.
Passamos, passou e mesmo assim, continua.
Antes eram meus avós, meus pais, hoje
eu, meus irmãos, amanhã meus filhos,
meus sobrinhos. E depois, sei lá! São
eles fazendo a conta, mesmo
sem se dar conta que também
serão passado,
Eu aproveito o meu momento,
o que hoje vivo, é o que tenho,
é com o que posso contar,
Me satisfaço em mim mesma, sem ouro,
nem prata, sem eira, nem beira, sou
eu, passando.
E passando, dias e dias, noites e noites,
com o que sou, sem sonhos,
nem duvidas, nem castelos, nem reis.
Apenas isso, isto que conheço de mim, nem anjo,
nem nada, ilusão de um momento.
Herta Fischer
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Ciranda noturna
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terça-feira, 17 de maio de 2016
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