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Luz azul

  Quando olhava o que ele fazia, ficava extasiada. Era capaz de fazer qualquer coisa andar, especialmente, quando manejava seu tempo. Era me...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Seguindo o destino

Como já venho falando a algum tempo.
Eu poderia falar de qualquer coisa,
qualquer coisa mesmo. Poderia
parodiar  a vida, poderia inventar
uma história, poderia jogar palavras ao vento,
mas, tenho preferência para escrever pensamentos.
O que sai de mim, é o que realmente conheço, ou
desconheço, talvez, por isto falo, sei lá!
Sinto em mim uma grande necessidade, como
se algo que eu desconhecesse me superasse,
como se pudesse realmente ser alguma coisa
mais profunda e estável, que não morasse
em mim, por estar além do compreensível.
Desde a mais tenra idade mora em mim a
paz que muitos procuram, não é uma paz
qualquer, é uma paz que me deixa angustiada e
serena ao mesmo tempo.
Algo que mexe com minha criatividade, que
não me deixa parada  e que também não traz
muitas realizações, parece não querer que me
distraia em minhas próprias intenções, para
que eu me mova com responsabilidade.
Algo assim, que não quer que me perca
nos embaralhes das ilusões.
Eu compreendo melhor os caminhos
da vida, como se, de antemão, já o conhecesse
de cor.
Nunca caminhei por ele, mas vejo as
minhas próprias pegadas por lugares
que eu nunca passei, estranho isso, mas
é verdade!
Mesmo as casas que eu morei, ao
vê-las pela primeira vez, a sensação
era, de que, sempre estivera por ali,
que as coisas que as rodeavam
me abraçavam como velhas companheiras,
como amigas antigas me acolhiam com
amor e saudade.
Incrível como é excitante falar sobre isto,
depois de tantos anos vividos.
Parece-me que sei de onde vim, e que estou
retornando pelo mesmo caminho.
Estou amarrada ao tempo, e é,  este tempo
que me leva por onde já passei,
Cada estágio é como um retorno
para casa.
As pessoas agregadas a mim são como
uma lição, ou aperfeiçoamento, uma necessidade,
um pedaço de caminhada, ou até mesmo,
a direção.
Como se cada uma delas fossem uma reta, que colocadas
lado a lado formam uma longa estrada. eu me vejo
caminhando por ela dia após dia. Elas me ensinam
a amar o meu retorno, assim como amei a saída, a chegada
e a estadia.
É um retorno difícil. Uma estrada torta, cheias de contradições.
Preciso desvendá-la, descobrir seus anseios, para não
me perder nas encruzilhadas.
Estou indo, um pouco apreensiva, mas estou indo.
Se vou achar o caminho? Essa certeza, ninguém me tira!
Muito em breve estarei cansada, aliás, já estou muito cansada.
Talvez em algum momento precise deixar esse corpo, para
que tenha mais leveza ao caminhar.

 Herta Fischer (Hertinha
















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