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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

terça-feira, 30 de junho de 2015

Nascida do inverno

O sol se pôs, é inverno, as nuvens
brincam de ir e vir. Passam como bailarinas
 a rodopiar no grande palco azulado, enquanto
que, as estrelas se enchem de encanto no olhar.
Sou um pequeno ponto de olhos duros, que de tanto
pensar, viro ninguém,
Quem dera pudesse, eu também, encher os olhos
de alguém com a simples vontade de se fazer
amada.
Só vale o encanto prometido aos seres, mas o vazio
que mora em mim, passa desapercebido, embora queira
se preencher de você.
Sou quase fumaça, sou a brisa branca que não se nota, tão ofuscada
pela ladainha do sol que se foi mais cedo,
e que ainda não voltou.
Pobre dos seres desovados na vida, com corpos sem beleza,
onde se acham apenas incertezas, tão longe se encontram
dos normais.
Eu busco satisfação, e só a encontro em mim, quando estou
só, e brinco de faz de conta.
Quisera eu, afastar o frio, como na dança das nuvens, alegremente
me fazer notar, sem que para isto, eu precisasse de muito.
Sem letras também me faço na poesia do sonho, não preciso
de memória, nem de tintas, nem de códigos, nem de falas, pois
eu também sou, assim como tudo que é.
 (Hertinha) 

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