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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Fim do percurso

Bem, para variar, estou novamente aqui!
Na ilusão de quem é...
Todos são melhores que eu, só eu não vejo. Ou, se vejo, nem ligo.
Casca de banana só serve para nos derrubar, e
a minha vida mais parece uma casca de banana.
Tudo passou tão repentinamente, que nem me lembro mais
de quando a ilusão cessou, ou de quando a minha alma
se esgotou de tanto esperar.
Colhi os frutos ainda verdes, e frutos verdes apodrecem
antes de amadurecer. E seu destino? Ah! o seu destino
é morte precoce.
Morrer ainda viva é uma verdadeira obra, pois ao morrer
quando realmente está morta, não se tem lembrança de nada,
mas, ao morrer quando ainda se está viva é um caos.
Tudo nos dá uma sensação de não prazer, de não amar, de não comer,
de não continuar.
Os pés estão calejados, feridos e mutilados, e ainda há uma longa estrada pela frente.
E o que se espera, e o que realmente se vê? Só a necessidade de seguir, quando
há só uma vontade de não mais acordar.
O dia se torna uma armadilha e a noite uma incógnita, e a esperança se finda na
escuridão que não nos dá trégua.
Quem sabe, ao acordar amanhã, um lapso de esperança se abra com o sorriso do sol?
Como eu gostaria de acreditar, que,se renovassem a pele, e o tempo desse
marcha a ré, e todos os perdidos fossem achados, e eu pudesse ser como todos,
sem essa sensação estranha, de que não sou nada, pudesse me revelar o contrario, quem sabe!
Quem sabe, se eu fosse outra?
Quem sabe se eu fosse realmente aceita como realmente sou?
Quem sabe se ouvissem esses meus gritos, onde clamo pela misericórdia de
um pouco de poder, de um pouco de...aceitação.

Herta Fischer.




quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Longe de tudo

Que saudade do meu chapéu de palha, do suor escorrendo por entre ele.
Meu mundo era minha terra. Meu governo, meu pai. Minha mãe, minha rainha.
Meu cavalo lebuno trazia o mundo em suas pernas e a melodia em seus trotes.
Em noites enluaradas, deitada em minha cama, podia sondar as luzes, por entre
as esburacadas paredes.
O cheiro de terra molhada, quando a chuva nos visitava, ainda trago nas narinas
a sua doce lembrança.
A água que escorria por uma pequena bica, límpida, doce e livre, caia
por sobre as mãos, cantando a sua canção mais nobre, sem contaminação.
A mata tão meiga e amiga, escutando-me tão cautelosamente, sem descriminação,
sem violar meus direitos, sempre estavam de braços abertos.
E o vento, correndo livre, fazendo dançar as folhas, saudando o amanhecer.
E eu, tão pequenininha, me sentindo gigante, no lombo do meu cavalo.
E tudo que era tão doce, hoje me soa amargo, pois todo sonho, um dia,
só sobrevive de imaginação.

Herta Fischer.


Estrada fechada

Hoje mais do que nunca, estou fechada para balanço.
Ultimamente, não consigo me atinar com mais nada, tudo a minha volta
parece um caos.
Uma solidão profunda me faz ficar deitada, de olhos fechados para o mundo,
o mal que não quero ver, fica do lado de fora.
Me lembro de tempos atrás quando tudo era um tanto mais difícil, mais havia
nos seres tanto amor.
Atualmente, o que temos a oferecer?
Tudo se resume em bens materiais, uma corrida incessante atrás do dinheiro, como
se ele fosse responsável por boas amizades, como se o amor fosse objeto de trocas.
Tudo mais bonito, mais livres estão os seres, e também mais equivocados.
Nunca mais falamos de nós mesmos, nunca mais trocamos experiências,
pois os interesses viraram pura futilidade.
Poucos são os que ainda se interessam pela pessoa que nós somos, muitos só
se interessam por aquilo que podemos dar.
Mas eu, como surda, não ouço, e como muda, não abro minha boca.
Assim sou eu, como mulher que não ouve, e em cuja boca não ha reprovação.
Porque, em ti, Senhor, espero; Tu, Senhor meu Deus, me ouvirá no silencio,
pois até de boca fechada, sonda-me.
Porque Deus ouve os necessitados, e não despreza os seus cativos.
Então me regalo em meu silêncio, e me mudo para outro mundo, que vai além dos homens.
Meu governante está muito além de toda essa covardia que se aplica por poderosos deste mundo,
meu líder é meu pastor, E enquanto cato meus cacos, Ele me faz inteira em sua promessa!
Aqui, neste sistema fútil e volúvel, nos perdemos em diferenças,
somos desmascarados por desejos sórdidos, e massacrados pela sede de poder.
Então, como surda que sou, vou em frente, e só dou crédito para o que ouço com
o coração, e o corpo, já mortificado pelo silêncio, se revive pela palavra que ainda
posso dizer. e que ainda posso contatar, aquela que vem diretamente dos céus.

Herta Fischer.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Consciência racional

Que bom, meu blog está alcançando pessoas de outros países!
Fico muito feliz, tem gente que lê minhas meditações, embora não comentem.
Eu aprendi no decorrer da vida que não precisamos almejar lugares distantes para
fazer nosso destino, nem  precisamos esperar grandes retornos, basta que continuemos fazendo a nossa parte.
Gente é gente em qualquer lugar, independe de termos os mesmo idioma, somos iguais, embora
nos diferenciemos em muitas coisas.
Por isso é que procuro primeiro me entender, para depois tentar entender outros, procuro conhecer
minhas próprias limitações, para depois tentar decifrar fraquezas alheias.
Não tenho pretensão de agradar, nem de usar demagogicamente  meus pensamentos para me fazer ser bem vista.
Minhas resoluções vem de vivências, estudos, mas principalmente de bom senso em relação
a própria vida e em relação a natureza Divina,
Somos dotados de inteligência, somos racionais, por isto há uma grande necessidade de nos humanizarmos, seguindo o principio da própria natureza que nos fez.
Essa mesma natureza nos cobra a todo instante maneiras de comportamento que nos leve mais próximos a construções de convivência pacifica com todos os seres.
Mas principalmente na compreensão da diferença, não  é fazendo de conta que não existe, mas nos aproximando da verdade, existe sim, diferença, mas não é por isto, que não podemos conviver
bem com elas, não é por isto que podemos  simplesmente nos colocarmos acima dela.
Por exemplo: Na natureza existe milhões de espécies, umas diferentes das outras, cada uma em seu lugar, realizando e complementando, se alguma entra em extinção, compromete-se uma outra espécie que depende dela.
Algumas cobras tem venenos, outras não, algumas plantas são venenosas, outras são remédios, alguns animais são carnívoros, outros só comem vegetais.
Os carnívoros, atualmente são chamados de assassinos pelos homens, então, ao ver do próprio homem, todo homem que come carne também pode ser considerado assassino?
A única diferença é que o homem já colhe tudo pronto, enquanto que os animais precisam caçar. Se os homens se propuserem a proteger os animais dos predadores, estarão sacrificando-os, e tornando-se seus próprios assassinos.
Colocar roupas em animais domésticos é no minimo psicótico, animais não são gente, não podem ser considerados filhos. Cada um no seu devido lugar, Tentar humanizá-los, é ir contra a própria natureza
que os fez.
Mudar essa natureza, usando-os para convencer o mundo que este é o modelo ideal, que esta é a maneira certa de amá-los, só é bom para egos super inflados, quando querem passar uma imagem distorcida de si mesmo.
Alguns até chegam a contar a história do cãozinho defeituoso que o homem deu ao outro, mas o outro fez questão de pagar o mesmo valor do cãozinho perfeito, achando que com isso estava fazendo um
favor ao cão, quando que, na verdade, só estava incentivando o comercio de animais. Que á meu ver, deveria ser considerado ilegalidade.
Nenhum cão merece ser comprado ou vendido, nem usado como fonte de recursos em espécie alguma. Devemos cuidar do abandonado, daqueles que são jogados na rua, por pessoas que fazem-no procriar para depois abandoná-los a própria sorte por não terem valor comercial.
Mas, quem sou eu para fazê-los entender?
Eu fico com a minha consciência, com a minha consciência racional....
Herta Fischer.







quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Emancipar é crescer

Pessoas mudam, situações  diversificam, tempo passa!
E continuamos os mesmos,
sonhando e sonhando, até o findar dos dias.
Pouco se ganha e muito se perde, embora
a vida nos de uma falsa versão de esperança.
Ao dormirmos. sonhamos, mas, se ao levantarmos, não
vamos a luta para colocarmos sonhos em prática,
então, sonhamos em vão.
E em vão amontoamos para que outros
desperdicem no final.
Amo palavras, mas detesto mentiras, detesto
quando se derrama uma esperança que não existe, pois
o amanhã é somente um dia que nunca chega.
Hoje será sempre hoje, por mais que ilusionemos
uma estrada não construída, não dá para caminhar nela
sem que antes a torne real.
Não é para todos, nunca foi para todos, o sucesso só
chega para alguns, outros só ficam sentados a beira do caminho
a ver o sucesso passar.
Algumas flores tem a "sorte" ou "destino" ou Deus". Como
prefira, para nascer num jardim bem cuidado, outras, pelos
mesmos dedos são nascidas ao léu, sem cuidado algum. porém
ambas crescem, se desenvolvem e dão os seus frutos.
Talvez aquela que menos teve, será mais suscetível a mudanças
e  terá sementes bem mais fortes. pois
não devemos nos prender demais aos cuidados alheios.
Quem muito espera, corre o risco de não fazer, ou
fazer quando já não se faz necessário.
Pés só se fortalecem quando aprendem a andar....
Herta Fischer.



sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Solidão de palavras

Quanto mais gente no mundo, mais silencio encontro.
Ninguém me ouve, nem mesmo quando meus gritos
se tornam mais intensos.
E o amor que busquei, se perdeu neste vazio
de planos.
Quanto mais se fala, menos se sente, agora entendo
a razão da meditação, a razão da vigília, Não
são em meio a gritos que se ouve melhor,
No silêncio, poucas palavras nos
fazem melhor entendidos.
Não quero mais festas, quero meu ninho
solitário, quero meus ouvidos atentos, enquanto
minha boca descansa.
Melhor ser flor solitária a beira de um riacho, ao
ser uma flor em meio a muitas em terra seca.
Como já escreveu Exúperry:
Uma flor só tem valor quando é única, pois
em meio a muitas, será apenas mais uma.
Herta Fischer,

Prefiro paz que dinheiro

Vivo meu dia em paz.
Dinheiro? Só o necessário para minhas
necessidades imediatas.
Vejo muitas pessoas nadando em dinheiro,
e quanto mais tem, mais se afogam em
necessidades.
As angustias se multiplicam nos desejos
da multiplicação. Quanto mais tem, mais
aumenta a necessidade de mais.
Por isto, eu procuro minha paz no viver
de necessário, no pagar as contas em dia
e na alegria das sobras.
Nunca me falta, e nunca ninguém veio bater á minha porta
para me cobrar nada, Meu lema?
Nunca dever nada a não ser o amor com
que devemos amar uns aos outros.
Tenho fome e sede de bens espirituais, De resto,
possuo tudo de que preciso.
Não vivo de aparências, nunca precisei mostrar
que tenho, para me sentir realizada, me sinto realizada
na vida, em Deus que me dá cada dia de esperança
na mais perfeita paz que nunca se abala.
Minha paz é meu território, minha aparência
é a honestidade para com o próximo, e
minha estrada, a esperança de me encontrar
no derradeiro dia, de alma limpa.
Herta Fischer,


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Vento sul

As rosas cantam para o vento sul,
uma cantiga de lamentos.
Quero chuva, quero chuva,
está seca minha garganta, e assim
minhas pétalas morrem antes do nascer do sol.
Mude sua direção, vento sul,
vá para o norte, e de lá sopre seu fôlego a toda,
para que venha a cair em minha casa,
tuas gotas de amor.
Fecho minhas amídalas para que
minha alma descanse enquanto o sol castiga,
mas no refrigério da tarde, queria poder contar
contigo, meu vento amado, a me trazer
chuva, para que a terra sedenta não
me deixe  passar sede. Dela vem minha
porção de vida.
Somos rosas tão formosas, somos delicadas
demais, sem água podemos morrer ainda em tenra idade,
antes mesmo de nos transformarmos em botões.
Se não trouxer chuva, nunca mais sentirá nenhum perfume,
a não ser de folhas podres, pois tudo morre,
se for só vento sul. Por favor...Vá para o norte!

Herta Fischer.





sábado, 11 de outubro de 2014

Tudo muda a todo instante

A vida é um talvez.
O que sabemos do dia seguinte?
Acordo com tantas preocupações,
e nem me importo com o que
acontece,
como se o que importasse
fosse as realizações.
As vezes me coloco sobre a vida.
como o cavalgar sobre cavalo.
As vezes lento, sobre meu controle,
as vezes raivoso, não se deixa dominar.
E o amor, que ainda acredito, quão longe esta dos seres.
Só amor a si mesmo, só amor a mim mesmo.
O que eu quero, o que espero esta longe dos meus olhos,
e o que de fato acreditei, nem de longe
se fez verdade.
Só se faz verdade aquilo que de imediato me da prazer,
mas o prazer só dura o tempo
em que minha alma se satisfaz.
nada mais.
No dia seguinte, tudo torna-se apenas uma
monteira de sonhos em vão.
 e de sonhos em sonhos vou me alimentando de ilusões.
Herta Fischer.


Deserto

Deserto.
Deserto são meus sonhos, vivem
na mais profunda abstinência.
Ninguém a escuta, como quando procuramos
contato com outro mundo.
Vazio, só tem sentido para a minha escuta,
só tem sentido para mim, que faz
com sentido.
Mesmo minhas falhas, que me assombram a noite,
quando me lembro e me culpo.
Não mereço sua admiração, pois
o meu coração é que me conhece, ninguém mais.
Tentei fazer contato, tentei desesperadamente
me fazer ouvir, tentei mostrar o tamanho
da força do meu amor,
e fiquei ali, a beira da praia, a olhar
as ondas a beijar a areia, enquanto meus lábios
continuavam secos. E se fez deserto, sem
nenhuma gota de orvalho
a procurar por mim...
Herta Fischer.


Trem da vida

Pra onde vai este trem?
Pra onde vai este trem?
Eu não sei!
Só sei, que estou dentro dele também.
Embarcaram-me neste trem, só ensinaram-me o
que me convém...Mesmo que eu queira
desembarcar,
não para nunca este trem.
Mas, se acaso chegar a hora,
de alguém descer, só desce ele e mais
ninguém, Só desce ele e mais ninguém.
Muitos choram a falta desta pessoa,
muitos querem com ele desembarcar,
mas a autoridade do maquinista,
ninguém pode tirar
Muitos querem adivinhar, para onde vai este trem,
só o maquinista sabe, mas não conta nada a ninguém...]
Pra onde vai este trem?

Herta Fischer... Direitos reservados...


sábado, 4 de outubro de 2014

Amor platônico

Ah, esse vento a tocar minha face como um doce afago sem visão.
Sentir sem ver é o melhor que há, pois se ama só com o coração.
Amar, as vezes é solitário demais, ficamos só com a ilusão dos mais
bonitos momentos, enquanto vivemos tão pouco a própria realidade das coisas.
São mais momentos só do que os momentos a dois, mais dormimos do que acordamos.
Seria tão bom se o amor nos superasse, superasse a expectativa do querer estar para
poder realmente estar.
Temos muitas tarefas que nos afastam, somos muito mais fazedores, do que apaixonados.
Eu me apaixono todo dia com as lembranças, muito mais do que com presença.
O prazer dura tão pouco, mas a saudade é uma eternidade.
Por isto amo o vento que passa radiante, sem promessas, mas que o sentimento é
tão sublime que nem necessita de presença, É muito mais recomeço que fim, é muito mais
sentir, do que pensar que sente.
A ilusão do amor do outro só é fatal quando esperamos superar os próprios sonhos que sonhamos
em relação ao outro, enquanto definhamos sem entender o que realmente o outro
sente em relação á nos.
Porque amor não se mede pela quantidade de carinho, nem pela quantidade de esperança, mas, pela intensidade em que podemos viver enquanto ainda presenciamos a face um do outro, com os
olhos transbordantes de amor.
Amor platônico é quando amamos nossa própria vontade de ser amado....
Herta Fischer.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Responsabilidade também é amor

Querendo, por fim, ir a luta. Quão belo é seguir.
Helena se dispôs ir além, apesar de não mais aguentar seu
próprio peso.
Quantos temores.
Saberá se colocar longe dos caminhos que
os jovens geralmente galgam?
Terá forças para dizer não quando isto se fazer necessário? Ou deixará
que a sua sorte lhe carregue por caminhos de experimentação?
Não sabia!
A vida as vezes nos prega peças, -dizia ela, e não nos deixa escolhas,
porém, se não soubermos bem para aonde ir, sempre corremos mais riscos.
Admiro pessoas que não pensam, apenas se deixam levar como folhas ao vento. Eu
não consigo, sou real demais para mim mesma, para fazer de conta que sigo, pois sigo, sim.
com os pés no chão. Se cair? -Sou eu mesma que tenho que me virar para levantar.
Não boto muita fé nos outros, também acho que ninguém precisa me carregar no colo
quando eu mesma tenho meus pés.
Ah, se dependesse só de mim?- Suspirou. - Se não tivesse que dividir meus espaços?
Logo que fiz meus quinze anos, já estava pronta, era o que eu mais queria. Mas, agora, me pergunto: -Pronta para quê?
Para me tornar responsável pelos meus atos, preciso primeiro aprender a escolher, para escolher, preciso aprender a frear meus sentimentos, para frear meus sentimentos, eu preciso entendê-los.
E como entender? -Se existe em mim certas forças hormonais sensuais, que me impelem para
lugares sombrios?
Sei que todos passam pela adolescência com um certo pessimismo, por terem ilusões demais inspirados em pressa, eu não quero ter pressa, preciso aprender a me dominar.
Minha mãe sempre me diz que jovens não possuem freios, são como cavalos indomáveis, se
tentam colocar neles montaria, ai mesmo é que disparam.
Ela me criou com uma certa liberdade, mas em toda vez que me libertava, avisava-me dos perigos,
nunca me escondeu nada, nem mesmo sua nudez, dizia que, se tivesse conhecimento sobre algo. aquilo deixaria de ser novidade e seria tratado como normal.
Não tive ilusões a respeito de papai-noel, nem coelhinho da pascoa, minha mãe me dizia apenas a verdade, não me colocava num pedestal, Eu era de carne e osso, e como uma pessoa qualquer precisava
me identificar com todos. Ninguém esta livre de nada, -dizia ela.
O que acontece com brancos, também acontece com negros, o que acontece com ricos, também acontece com pobres e etc...
Não somos melhores e nem piores, tudo depende das circunstancias e do acaso, porém, há de se fazer escolhas, pelo sim ou pelo não.
Amava a palavra sim, mas também tinha que conhecer a palavra não, para poder saber em qual hora poder usá-los sem constrangimentos.
Posso dizer que aprendi. Sei dividir, somar, e até multiplicar, mas, também aprendi que, dependendo da hora, é necessário apagar tudo e recomeçar do zero...
Herta Fischer.