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Luz azul

  Quando olhava o que ele fazia, ficava extasiada. Era capaz de fazer qualquer coisa andar, especialmente, quando manejava seu tempo. Era me...

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Nada tenho do que é meu

Sei que nada tenho,
sei que nada sou..
No meu íntimo, apenas um punhado de amor.
Corro para o premio,
nesta jornada ingrata,
onde não tenho valor.
Pulo miudinho,
danço a dança da vida,
avanço no tempo da dor.
Com a idade avançada,
presa na presa do nada,
correndo nesta estrada
sinto mesmo não ser nada.
mesmo no muito que sou......
Herta Fischer.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O amor

O verdadeiro amor,
é aquele que vem sem pedir,
que entra no intimo,
com vontade de ficar.
que não precisa de respostas, 
pois, em si mesmo, carrega significados...
Herta Fischer.

Vaga-lume

Eu sou como o vaga-lume..
trago a luz em minhas costas..
vivo sempre a escutar,
os lamentos e propostas.
Vivo na escuridão.
mas, não tenho medo não.
Pois é viva a minha fé,
e o amor brota de montão.
Vaga-lume, vaga-lume,
mostra-me o teu poder,
tua luz, teu ensejo,
de viver, apenas viver....
Sentido de luta  eu tenho,
asas pra voar além
do que se vê, e do
que se espera,
tanto vivo que bem sei,
que a vida é uma quimera.
Herta Fischer.

O buraco é mais embaixo

Eu sei que é revoltosa a situação do mundo, não só a do nosso país.. Muitos irmãos que vivem distantes sofrem pela corrupção e má administração dos homens que estão no poder para " proteger" a sociedade..e não o fazem.
Porém, eu vejo mais o sentido espiritual, não olho o hoje, nem o agora, nem o que há de vir neste mundo, eu olho sempre mais a frente...
Deus disse que haveria justiça, a começar pela sua própria casa... Eu vejo esta justiça aqui, neste plano, e o nosso dever como Cristãos é a aceitação da vida em si, sem se prender muito nas leis inúteis que os homens fazem ao seu bel prazer....
Façamos a nossa parte,sempre... que os maus continuem fazendo mal para a sua própria perdição, e que os homens bons continuem agradecidos na pratica do bem.....mortos para o mundo, mas, vivo para o Senhor....
Herta Fischer.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Águas de junho

É o coçar a coceira
é a beira é a beira.
da cama, da caça.
e o fim da canseira.
É um resto de luz,
é a mente e o mentruz
é a erva, é a vida,
é o rosto no capuz
É João é Maria
é poça de água fria
é mania e mania
é mulher e sua cria.
É gente sem noção
é samba e baladão
é o sapo e o falcão
é mente e coração...
É mercado e cerveja
é quem mente e maneja
é música sertaneja
no quem quer, quem deseja....
Herta F.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Inversão

Não espero que me entendam, nem que exponham seus comentários, nem que me dêem valor.
O que eu quero, é ir deixando um pouquinho de mim, enquanto o tempo me consome, e me leve para um lugar onde eu não quero ir.
Para muitos,casamento é uma brincadeira do será?
Baseando-se em leis fracas, onde a fé não é verdadeira.
Veja bem!
Quando há união de corpos, consolida-se o casamento.
Porém, quando assina-se um contrato, e não há união de corpos, pode-se efetivamente anular-se o casamento. Então,  se torna bem mais fácil entender que casamento é, e sempre será, união de corpos, e não simplesmente um contrato assinado.
Muitos me dirão:
-Então, casei muitas vezes?
- Sim, se uniu muitas vezes seu corpo com outro corpo!
Pois, casamento é seguramente carne com carne, tornando-se um mesmo propósito.
Pois, usando como exemplo, a farinha de trigo. Quando ela está só, ela é simplesmente farinha, mas, ao unir-se com outra substância, ela o deixa de  ser.
Antigamente, não existiam contratos, os casamentos se realizavam, a partir do compromisso assumido, e consequentemente, de dois corpos se unindo.
Quando por algumas circunstâncias, não havia esta união da carne, o casamento deixava de existir.
Mas, por uma consciência egoísta e errônea o homem nunca vai concordar com isto, pois para ele, o que importa é o prazer, e não a responsabilidade assumida para com o outro.
Dentro deste consenso errado, se comete toda sorte de impurezas, e muitas crianças sofrem o abandono dos pais.
Todo ser quer continuar em sua zona de conforto, por isto não querem nem saber o que é religiosidade, pois, raramente fazem as coisas por fé.
Cometem os seus delitos, seguros de que fazem as coisas certas, mesmo conhecedor do bem e do mal, mas, no que se refere a ele próprio, ele sempre tem razão.
Ninguém é dono da verdade, mesmo porque, a verdade é relativa, dependendo de quem e no que se acredita.
Estou falando como quem tem fé na verdade de Deus, não na verdade dos homens.
Casamento de fé, é casamento de corpo, de alma e de mente, o contrato só vem reafirmar o casamento na legalidade dos homens.....

autora: Herta Fischer.                                              direitos reservados.
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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Condomínio

Prefiro estar longe das redes sociais..Prefiro o aconchego do meu blog....
Atualmente, é melhor viver num condomínio, do que em bairros super-populosos.
Eu me lembro,de certo tempo em que vivia só em meu mundo de criança, brincando com minha boneca de sabugo de milho, contando-lhe minhas histórias. E ela ficava me olhando com muito interesse.
Geralmente, fazia de uma árvore, minha casa.
Não sei porquê, mas, já gostava de viver isolada, por causa disto, talvez, eu tenha tanta dificuldade de viver socialmente, não por não gostar de pessoas, mas, para evitar certas conversas que dificilmente mostram um bom caminho.
Busquei nos livros uma certa independência de outros, era nas histórias contadas que aprendi a ser feliz em meu pequeno mundo de imaginação.
Pena, que as pessoas não usam esse recurso maravilhoso da escrita para se inteirarem das coisas que acontecem no mundo, e que nos separam uns dos outros.
A religiosidade deveria nos aproximar, no entanto, é a maior causa de divisão entre os humanos.
Um único mandamento, deixado para que obedecêssemos, já seria motivo suficiente para que estivéssemos vivendo dentro de um objetivo comum..."O do amor ao próximo" No entanto, não aprendemos no decorrer da vida, a compartilhar com os outros, aprendemos, sim, a esconder, não a dividir.
Desde criança, aprendemos que o que é nosso, é nosso, e ponto!
Fechamos as nossas portas ao próximo, muitas vezes, não por que queremos, mas, para que não haja invasão, justamente por não compreenderem que a liberdade do amor, consiste em respeito ás coisas alheias, não por obrigação, mas, por uma consciência boa diante do "outro.
Falando ainda em tempos distantes.. tempo em que o próprio tempo deixou para trás.
Era  bom demais, como  viver em outro mundo, diferente do de agora, onde cada um na sua, vivem uma falsa sensação de liberdade.
Entre o farfalhar de folhas soltas ao vento, entre o barulho de um pequeno córrego, despejando suas águas límpidas num pequeno lago de magia, eu vivia entre eles, assim, sem assinaturas, sem cobranças, sem a preocupação com a necessidade de existir um outro dia.
Acordar com a passarada em festa, e o sol se estendendo como um lindo cobertor amarelo, que delicadamente realizava o seu trabalho incansavelmente.
Sobre o fogo acendido de manhãzinha, o aroma de café fresquinho, coado na alegria de uma família amorosa e tranquila.
Sobre lençóis de algodão tão brancos como a neve, espreguiçávamos antes de levantarmos para o chamamento de mais um tempo de lutas e glorias.
Lutas de mãos e de pés, pés que nos levavam para a magia da mata, ou de corredores limpos, varridos com vassouras tradicionais colhidas das mãos das árvores, que estendidas, só sabiam servir.
Entre bananeiras , que imponentes se entrelaçavam num abraço, formado por grandes tosseiras, uma ao lado da outra, até se encontrar com um belo ranchinho coberto por sapés. Dentro dele moravam espigas de milho, que juntos formavam um monte de alegrias entre o riso de crianças que por ele queriam subir.
Engatinhando como bebes tentávamos escalar o monte, e as espigas levianas, se deslocavam, de cima para baixo, como uma enxurrada de águas calmas, não nos permitia alcançar seu topo.
O ar se enchia com os risos, e quanto mais se ouvia os risos, muito mais as espigas nos surpreendiam com a brincadeira sapeca.
Com as espigas estateladas ao chão de tanta canseira, abandonávamos a brincadeira para procurar outro lugar, outra coisas a se ocupar, outra magia a descobrir.
Não havia ali lugar pra rancores, falsos amores, nem rixas, nem linguajar de fogo, eram só risos que se faziam canções.
Com a maturidade vão-se o pensamento sadio, vão-se a inocência, trocamos a roça por asfalto, e o riso farto por restolhos de alegrias.
Não sei bem se foi "os tempos", ou as pessoas que endureceram de certa forma o coração, que, hoje, até as crianças se distanciaram uma das outras, e consequentemente perderam a alegria de viver....

Autora: Herta Fischer                                       direitos autorais reservados  















Ilusão

Ilusão pensar que podemos,
ilusão pensar que sabemos,
de ilusões em ilusões nossa alma se consome,
a esperar pelo quê,
pelo fim?
pois sempre que há um recomeço, menos tempo se tem.
De galho em galho, o macaco se cansa,
na esperança de uma fruta ou outra,
e muitas vezes passa fome,
até mesmo nas estações mais privilegiada.
A chuva nem sempre é serôdia,  o alimento nem sempre são manás,
a procura pelo que não vejo,
 é a única saída.
mesmo as vezes desconfiando,
da minha própria delicadeza.
São pães secos ao redor da mesa,
pouco alimenta, muito se engasga,
do pouco que se tem, todos tiram  sua porção,
mas, de tão pouco, que do pouco não se enxerga.
Sinto que aos poucos, me entrego nesta ilusão que passa.
de viver em decorrência, do muito que me faltou,
do tanto que me consumiu,
o correr atrás do vento....

Autora: Herta Fischer.                                                     direitos reservados









sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Eu entendo

Meus amados amigos(as)
Nem precisa me contar as suas dores, eu ás conheço uma a uma. Também já experimentei o sal das lágrimas. Também já adoeci. Também já esperei por um grande amor que me fizesse sorrir. Também esperei pela chuva, para ver meu campo florir, e muitas vezes, esperei em vão.
Também já passei noites em claro, no silêncio, esperando respostas , e não houve quem falasse.
Também acreditei em promessas vazias, que nunca foram preenchidas.
Também vou morrendo aos poucos na ilusão de quem crê na eterna existência.
Também colhi tempestades, ante o semear ventanias.
Também me decepcionei em pensar que era fácil, o que no entanto, era impossível.
Também me entristeci com minha própria descoberta, de que a morte interrompe os amores.
Também sou frustrada por não entender que de tudo o que sonhei e não realizei, foi a minha salvação....
Eu entendo... Eu te entendo!

Herta Fischer.