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Luz azul

  Quando olhava o que ele fazia, ficava extasiada. Era capaz de fazer qualquer coisa andar, especialmente, quando manejava seu tempo. Era me...

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Miragem

Olho e  apenas vejo o homem,. o deserto e seu cavalo, e adiante a serpente armando o bote.
Que são quinhentos, quando não se tem nenhum?
É o mesmo que  ter o copo cheio sem poder beber, ou o prato cheio infestados de fungos.
Quer poder seguir, mas as pernas estão a mostra, e a serpente a espreitar, e o silencio os consomem, tanto o homem, quanto seu cavalo ou a serpente.
No silencio, até o farfalhar de folhas são assustadoras, uma brisa e pronto, o pulo é certeiro.
Cava seu buraco e não sai do lugar, ali está! O homem , seu cavalo e a serpente.
Cantam a mesma melodia, de lamento, de desalento e de tristeza, rastejam inseguros e medrosos, pois haverá morte? não sei! Será o homem, seu cavalo ou a serpente?
 Olhos frios. Para trás pensa o cavaleiro, mas não dá, a areia é movediça.
Para os lados, também é incerto, na inteligência o esperar é mais acertado.
Mas, o cavalo não conhece o medo, só a corda a enforcar-lhe  é que o paralisa.
A serpente conhece os segredos, sabe enredar como ninguém.
Fica a mostrar a  língua exalando o perfume da morte.
sabendo que não lhe escapa a presa, pois também esta com medo
do cavalo e do cavaleiro.
Não há lugar a se esconder, não há como fugir, e ficam a se encarar . O homem , seu cavalo e a serpente.
De repente, um milagre, o cansaço.
Já que a coroa são para os corajosos, e a serpente majestosa, consegue se esgueirar de tantos lados.
vai deslizando em zigue-zague, e passa a alguns milímetros ao pé do cavalo que nem  percebe
que a morte lhe passou tão perto.
São três suspiros, a serpente por economizar veneno, o cavalo pela corda se soltando, e o cavaleiro por não precisar matar, nem morrer. Foram se distanciando, sob a areia ardente, como se nunca houvessem se encontrado.
 E fica apenas a miragem do deserto que guardou em seu íntimo, a imagem do homem, seu cavalo e a serpente.
Herta Fischer.





terça-feira, 28 de maio de 2013

As manifestações do poder de Deus

Então o Senhor do meio de um redomoinho, respondeu a Jó:
Cinge agora os teus lombos como homem;
eu te perguntarei, e tu me responderás.
Acaso anularás tu, de fato, o meu juízo?
Ou me condenarás, para te justificares?
Ou tens braços como Deus,
ou podes trovejar como a voz que ele o faz?
Orna-te, pois de excelência e grandeza,
veste-te de majestade e de glória.
Derrama as torrentes da tua ira,
e atenta para todo soberbo, e abate-o.
Olha para todo soberbo, e humilha-o.
calca aos pés os perversos no seu lugar.
Cobre-os juntamente no pó,
encerra-lhes o rostos  no sepulcro.
Então também eu confessarei a teu respeito
que a tua mão direita te dá vitória
Contempla agora o hipopótamo
que eu criei contigo,
que come a erva como o boi,
sua força está nos seus lombos,
e o seu poder nos músculos do seu ventre.
Endurece a sua causa como cedro;
os tendões das suas coxas então entretecidos.
Os seus ossos são como tubos de bronze,
 e seu arcabouço como barras de ferro.
Ele é obra-prima dos eitos de Deus;
o que o fez o proveu de espada.
Em verdade os montes lhe produzem pasto,
onde todos os animais do campo folgam.
Deita-se debaixo dos lotos,
nos esconderijos dos canaviais e da lama.
Os lotos o cobre com sua sombra;
os salgueiros do ribeiro os cercam.
Se um rio transborda, ele não se apressa;
fica tranquilo ainda que o Jordão
se levante a té a sua boca.
Acaso pode alguém apanhá-lo quando ele está olhando?
ou lhe meter um laço pelo nariz?
Podes tu, com anzol, apanhar o crocodilo
ou lhe travar a língua com uma corda?
Podes meter-lhe no nariz uma vara de junco?
ou furar-lhe as bochechas com um gancho?
Acaso te farás muitas súplicas?
ou te falará coisas brandas?
Fará ele acordo contigo?
ou tomá-lo-ás por servo para sempre?
Brincarás com ele,como se fora um passarinho?
ou o tê-lo-ás preso á correia para as tuas meninas?

Acaso os teus sócios negociam com lele?
ou os repartirão entre os mercadores?
Encher-lhes-ás  a pele de arpões?
ou a cabeça de farpas?
Põe a tua mão sobre ele,
lembra-te da peleja e nunca mais o intentarás.
Eis que a gente se engana em uma esperança;
acaso não será o homem derribado só em vê-lo?
Ninguém há tão ousado que se atreva a despertá-lo.
Quem é, pois, aquele que pode erguer-se diante de mim?
Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe?
Pois o que está debaixo de todos os céus é meu.
Não me calarei a respeito dos seus membros,
nem da sua grande força, nem da graça da sua compostura.
Quem lhes abrirá as vestes do seu dorso?
ou lhe penetrará a couraça dobrada?
Quem abriria as portas do seu rosto?
Pois em roda dos seus dentes está o terror.
As fileiras das suas escamas está o seu orgulho,
cada uma bem encostada como um selo que se ajusta.
A tal ponto uma se chega á outra
que entre ela não entra nem o ar.
Umas ás outras se ligam,
aderem entre si e não se podem separar.
Cada um de seus espirros faz resplandecer luz,
e os seus olhos são como as pestanas da alva.
Da sua boca saem tochas;
faíscas de fogo saltam dela.
Das sua narinas procedem fumo,
como duma panela fervente, ou de juncos que se ardem.
O seu hálito faz incendiar os carvões,
e da sua boca sai chama.
No seu pescoço reside a força;
e diante dele salta o desespero.
Suas partes carnudas são bem apegadas entre si,
O seu coração é firme como uma pedra,
firme como a mó de baixo.
Levantando ele tremem os valentes;
quando irrompe ficam como que fora de si.
Se o golpe de espada o alcança de nada vale,
nem de lança, de dardo ou de flecha.
Para ele o ferro é palha,
e o cobre pau podre.
A seta o não faz fugir;
as pedras das fundas se lhe tornam em restolho.
Os cacetes atirados são para ele como palha,
 e ri-se do bramir da lança.
Debaixo no ventre há escamas pontiagudas;
arrasta-se sobre a lama, como um instrumento de debulhar.
As profundezas faz ferver, como uma panela
torna o mar como caldeira de unguento.
Após si deixa um sulco luminoso; o abismo parece ter-se encanecido.
Na terra não tem ele igual,
pois foi feito para nunca ter medo.
Ele olha com desprezo tudo o que é alto
é rei sobre todos os animais orgulhosos.

A confissão de Jó
 Então respondeu Jó ao Senhor:
Bem sei que tudo podes,
e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.
Quem é aquele, como dissestes,
que sem conhecimento encobre o conselho?
Na verdade falei do que não entendia;
cousas maravilhosas demais para mim,
cousas que eu não conhecia.
Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei;
eu te perguntarei, e tu me ensinarás;
Eu te conhecia só de ouvir,
mas agora os meus olhos te vêem.
Por isso me abomino,
e me arrependo no pó e na cinza.


Tirado do livro de Jó
Capítulo 40 , 41 , 42




O Senhor convence a Jó de ignorância

Depois disto, o Senhor, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó:
Quem é esse que escurece os meus desígnios
com palavras sem conhecimento?
Cinge, pois, os teus lombos como homem.
pois eu te perguntarei, e tu me farás saber.
Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra?
Dize-mo, se tens entendimento.
Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes?
Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
Sobre que estão fundadas as suas bases,
ou quem lhe assentou a pedra angular,
quando as estrelas juntas alegremente cantavam,
e rejubilavam todos os filhos de Deus?
Ou quem encerrou o mar com portas,
quando irrompeu da madre;
quando eu  lhe pus as nuvens por vestidura,
e a escuridão por fraldas?
Quando eu lhe tracei limites
e lhe pus ferrolhos e portas,
e disse: Até aqui virás, e não mais adiante,
e aqui se quebrará o orgulho das tuas ondas?
Acaso desde que começaram os teus dias
deste ordem á madrugada,
ou fizeste a alva saber o seu lugar,
para que se apegasse a orla da terra
e desta fossem os perversos sacudidos?
A terra se modela como o barro debaixo do selo,
e tudo se apresenta como vestidos;
dos perversos se desvia a sua luz,
e o braço levantado para ferir se quebranta.
Acaso entraste nos mananciais do mar,
ou percorrestes o mais profundo do abismo?
Porventura te foram reveladas as portas da morte,
ou viste essas portas da região tenebrosa?
Tens idéias nítidas da largura da terra?
Dize-mo se o sabes.
Onde está o caminho para a morada da luz?
E, quanto as trevas, onde é o seu lugar?
Para que a conduzas ao seus limites,
e discirna as veredas para a sua casa?
Tu o sabes, pois nesse tempo já eras nascido,
e porque é grande o número dos teus dias!
Acaso entrastes nos depósitos da neve,
e vistes os tesouros da saraiva,
que eu retenho até o tempo da angústia
até o dia da peleja ou da guerra?
Onde está o caminho para onde se difunde a luz
e se espalha o vento oriental sobre a terra?
Quem abriu regos para o aguaceiro,
ou caminho para os relâmpagos dos trovões;
para que se faça chover sobre a terra,
onde não há ninguém,
e no ermo em que não há gente;
para dessedentar a terra deserta e assolada,
e para fazer crescer os renovos da erva?
Acaso a chuva tem pai?
Ou quem gera as gotas do orvalho?
De que ventre procede o gelo?
E quem dá a luz a geada do céu?
As águas ficam duras como a pedra,
e a superfície das profundezas se torna compacta.
Ou poderás tu atar as cadeias do Sete-estrelo,
Ou soltar os laços do Òrion?
Ou fazer aparecer os signos do Zodíaco,
ou guiar a Ursa com seus filhos?
Sabes tu as ordenanças dos céus
podes estabelecer a sua influência sobre a terra?
Podes levantar a tua voz  até as nuvens,
para que a abundância das águas te cubra?
Ou ordenará aos relâmpagos que saiam,
e te digam: Ei-nos aqui?
Quem pôs sabedoria nas camadas das nuvens?
Ou quem deu entendimento ao meteoro?
Quem pode numerar com entendimento as nuvens?
Ou os odres do céu, quem o pode despejar?
Para que o pó se transforme em massa sólida
e os torrões se apeguem uns aos outros.
Cassarás, por ventura, a presa para a leoa?
Ou saciarás a fome dos leõezinhos,
quando se agacham nos covis,
e estão á espreita nas covas?
Quem prepara aos corvos o seu alimento,
quando os seus pintainhos gritam a Deus
e andam vagando por não terem o que comer?
Sabes tu o tempo em que as cabras monteses têm os filhos,
ou cuidasses das corsas quando dão suas crias?
Podes contar os meses que cumprem?
Ou sabem o tempo  de seu parto?
Elas encurvam-se para terem os seus filhos,
e lançam de si as suas dores.
Seus filhos se tornam robustos, crescem no campo aberto,
saem e nunca mais tornam a elas,.
Quem despediu livre o jumento selvagem,
e quem soltou as prisões ao asno veloz,
ao qual dei o ermo por casa,
e a terra salgada por moradas?
Ri-se do tumulto da cidade,
não ouve os muitos gritos do arreeiro.
Os montes são lugar do seu pasto,
e anda á procura de tudo que está verde.
Acaso quer o boi selvagem servir-te?
Ou passará a noite junto da tua manjedoura?
Porventura podes prendê-lo ao sulco com cordas?
Ou gradará ele os vales após ti?
Confiará nele por ser grande a sua força,
ou deixarás a seu cuidado o teu trabalho?
Farás dele que te traga para casa o que semeaste
e o recolha a tua eira?
A avestruz bate alegre as asas,
acaso, porém, tem asas e penas de bondade?
Ela deixa os seus ovos na terra, e os aquenta no pó,
e se esquece de que algum pé os pode esmagar,
ou de quem pode pisá-los os animais do campo.
Trata com dureza os seus filhos como se não fossem seus,
embora seja em vão o seu trabalho, ela segue tranquila,
porque Deus lhe negou sabedoria,
e não lhe deu entendimento;
mas quando de um salto se levanta a correr,
ri-se do cavalo e do cavaleiro.
Ou dás tu força ao cavalo,
ou revestirás seu pescoço de crinas?
Acaso o fazes pular como ao gafanhoto?
Terrível é o fogoso respirar das suas ventas.
Escarva no vale, folga na sua força,
 e sai no encontro dos armados.
Ri-se do temor; e não se espanta;
E não torna atrás por causa da espada.
Sobre ele chocalha a aljava,
flameja a lança e o dardo.
De fúria e ira devora o caminho,
e não se contém ao som da trombeta.
Em cada sonido da trombeta ele diz: Avante!
Cheira de longe a batalha,
o trovão dos príncipes e o alarido.
Ou é pela tua inteligência que voa o falcão,
estendendo suas asas para o sul?
Ou é pelo teu mandado que se remonta a águia
e faz alto o seu ninho?
Habita no penhasco onde faz a sua morada,
sobre o cume do penhasco, em lugar seguro.
Dali descobre a presa,
seus olhos a avistam de longe.
Seus filhos chupam sangue;
onde há mortos ela ai está.
Disse mais o Senhor a Jó;
Acaso quem usa de censuras contenderá com o Todo-poderoso?
Quem assim argui a Deus que responda.

Então Jó respondeu ao Senhor, e disse:
Sou indigno; que te responderia eu?
Ponho a mão na minha boca.
Uma vez falei e não replicarei,
aliás, duas vezes porém não prosseguirei.

Um pequeno trecho do livro de Jó
capítulo 38 á 40








segunda-feira, 27 de maio de 2013

medo

`É sempre o medo:
medo de que te achem feia.
medo de que te achem sem graça.
medo de que não te aceitem.
medo de fazer feio.
medo de não conseguir.
medo de falar bobagem.
medo de não ser o que o outro quer.
Enfim.. O medo limita a gente até que nos tornemos fracos, a ponto de deixarmos nos convencer de que realmente não somos capazes.
Herta Fischer.

O pouco pode ser suficiente.

Eu me imaginei no mundo como uma estrela, estive entre algumas por longo tempo.
Na correria da vida alguém me auxiliou, vestiu-me de simplicidade e eu segui.
Tão logo o tempo passou, e as pequenas estrelas se apagaram.
Segui neste céu cinzento, sem muitas expectativas, no relento do sentimento eu dormi.
Porém, num sonho rápido eu sonhei, que me seria possível ser feliz tão só.
Quando acordei, algumas estrelas me sorriram novamente, e é por elas que ainda insisto em continuar. Pois na vida só podemos contar de fato com alguns raros brilhos, que o mundo ainda não conseguiu de todo apagar...
Herta Fischer.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

sobrevivi

Falo muitas coisas, pois sou uma sobrevivente...Subi, desci montanhas, me rasguei em minhas suplicas, desgastei minhas memorias, me envolvi comigo mesma e com outros que não me acreditaram. fui tecendo todo dia meu próprio cobertor que não me aqueceu nos dias frios, e nas noites de verão joguei as roupas fora e me vi denuda no desamparo.
Se alguém me viu, não deu nenhum sinal de que me conhecia...Se alguém me amou, nem se deu conta. 
E eu em meio ao temporal de esperança e desesperança ainda sorri, não consegui me maltratar, embora tivesse motivos para deixar-me ir, eu não me deixei.
Herta Fischer.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

vem e vai

O que certas pessoas precisam saber:
Não nasci rotulada....
Vivo, sem que precise me esforçar para respirar....
Minhas células se desenvolveram sem o toque humano....da mesma forma que desenvolveram, agora definham...
Nasci não por vontade humana, nem tive escolha de pai e mãe....
Se me alimento, visto e moro...é por meu próprio suor e risco....
Se amo, ou não. Recebo meu galardão segundo minhas obras.. se boa... boa! se maldade, maldade!
Não piso e nem uso ninguém para me fazer melhor, ou para parecer que sou melhor aos olhos dos outros.
Não preciso provar nada pra ninguém, Pois não há homem na face da terra que me faça acreditar que tem poder sobre mim..
Se vou morrer, ou viver.. É Somente o Senhor quem decide, assim como decidiu por mim... ao me trazer para este fraco mundo das ilusões......
Herta Fischer.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Injustiça de quem pensa que sabe...

Quando a gente nasce a gente vive... Depois que cresce, vai descobrindo que na verdade, viver depende da forma em que querem que vivemos.
Faça assim, faça assado... Se fizer determinada coisa, apanha, e muitas vezes apanha, sem saber o motivo, apanha por coisas banais, próprias de criança.
Os adultos mantém os freios, e como bichos vamos seguindo, não como bichos livres, mas, como bichos domesticados com a corda no pescoço.
Regras, regras e mais regras, e não são regras justas.. É o faça o que digo, porém não faça o que eu faço!
Mais tarde vem o tempo de entrar na fase adulta. Hora de sair do casulo, mas, quem deixa isso acontecer de uma forma natural?
Colocamos a cabeça para fora, vem um e empurra para dentro. Quando percebemos, já estamos sem vontade de sair. E ao invés de  incentivos, nos mantém acorrentados nas teias do tabu.
E as asas crescem, mas um tanto defeituosas, pois não se tem tempo para ficar fortes para o voo. E sem expectativas, sem forças e sem vontades somos jogados no mundo.. E os predadores a espreita, e as defesas limitadas, e as fases desarrumadas. E assim arrumamos um jeito de voltar para o casulo.
Então chega a hora de eclodir de verdade. Hora de abandonarmos o casulo. E ai?
Voar pra onde? O mundo já está cheio, as vagas limitadas, e a vontade bem estreita, e os medos solidificados.
Tudo se resolve.? É só cursar a faculdade!
Então você se esforça, mas percebe que não é só isso, precisa ter perfil.
E que vem a ser este perfil?
Precisa mostrar o que não é, porque não te aceitam na essência de você mesmo.
Não importa se tem vontade, se é esperto e trabalhador, precisa  saber decifrar códigos, cortar papéis e montar quebra cabeças.

Autora: Herta Fischer.           Direitos reservados